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EMPODERANDO A RUPTURA DO SILÊNCIO DOLOROSOCris Borges, Comportamento

• Publicado em 30/01/2019, às 10:14


Foi em 2017 que a hashtag METOO

(eu também) ganhou força nos bastidores Hollywoodianos, mas em 96 a ativista Tarana Burke já iniciava um movimento de empoderamento de vítimas de assédio sexual.

Uma pesquisa da Organização Mundial de Saúde revela que uma em cada quatorze mulheres já sofreram algum tipo de assédio sexual.

Você sabe o que é o assédio sexual?

O assédio sexual é a investida de conotação sexual, não aceitável e não solicitada, ofertas de favores sexuais, busca de contatos físicos ou verbais que estão envolvidos em uma atmosfera hostil e ofensiva, é uma forma de violência, física e ou mental, como, por exemplo, a coerção, quando se força uma pessoa a fazer o que não deseja.

Alguns comportamentos considerados assédios: molestar com palavras ou gestos, mensagens picantes, fotos insinuantes, olhares invasivos, toques com segundas intenções.

Gosto de definir assédio como qualquer contato que “sobra” algo que nos incomoda.

Você já foi de alguma forma assediada?

Eu revivo com o mesmo incômodo uma cena aos meus 10 anos de um garoto de aproximadamente 16 que colocou a mão dentro do meu shorts, passou a mão no meu bumbum e me disse que seria melhor que eu ficasse quietinha… e assim fiquei… até hoje!

E por que o silêncio? Por que as vítimas de abuso se calam?

1) Estamos vivendo um momento histórico cruel, onde a imagem da mulher erótica, objeto de desejo acaba confundindo até as próprias mulheres que de tão banalizadas não identificam o que é conquista e o que é abuso e desrespeito.

2) As vítimas temem serem desacreditadas por falta de provas concreta.

3) O medo da retaliação do assediador que geralmente é alguém mais “poderoso” como chefe, irmão mais velho, pai, tio, parente, médico…

4) Vergonha. Há a ideia absurda de que a violência sexual refletiria a ‘desonra’ da vítima ou de que ela de certa forma foi responsável por atrair o assediador.

5) Culpa.. Essa é a mais discrepante das ideias. Não são poucos os casos em que a vítima é apontada como causadora da situação, seja por seus trajes, postura ou beleza. E para agravar a situação, algumas mulheres internalizam essa ideia e se sentem culpadas pelo que sofreram.

Por que colocar a boca no trombone?

Quando uma mulher declara sua dor, outras se empatizam com ela e visitam sua memória afetiva e revivem o #METOO e instintivamente gritam também sua dor.

A cada grito mais mulheres escutam e se encorajam é quanto mais explícito fica o absurdo do abuso, menos banalizado será o corpo da mulher e seu lugar de objeto e aos poucos o temor será do assediador.

GRITE!

#METOO

Estamos aqui para lhe ouvir!



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