Quanta saudade cabe no coração? Quanta alegria pode ser estampada no rosto? Como expressar a felicidade pelo reencontro após um ano e sete meses de distância? Do que é preciso para celebrar um novo ciclo?
A retomada das atividades presenciais nas quatro Casas do Idoso nesta quarta-feira (3) foi marcada pela emoção e respondeu todas estas perguntas.
Não faltaram lágrimas nos olhos e sorrisos que nem as máscaras puderam esconder. Afinal, chegou o momento tão desejado e sonhado de voltar para casa, rever os amigos, colocar o papo em dia e celebrar o recomeço.
As casas que salvaram milhares de vidas durante a vacinação da covid-19 reabriram suas portas para receber sua razão de ser e existir, os idosos que enchem os espaços com sua energia e alegria de viver. Que vivem e dão lições de vida.
Reencontro
Na retomada consciente, foram seguidos todos os protocolos do Plano São Paulo do governo do Estado contra o coronavírus, com uso de máscara, distanciamento entre as pessoas e álcool em gel em abundância.
“A emoção aflorou. Quantas vezes desejamos e sonhamos com este reencontro? Que bom que estamos vivos para usufruir deste momento”, disse José Roberto Pinto Neto, que tem 29 anos e atua como profissional de Educação Física da Casa do Idoso Sul há 9 anos.
“Ainda é de manhã e apenas o primeiro dia, mas já chorei muito. Os idosos são nossa vida. Eles fazem a alegria das Casas do Idoso. São eles que dão o brilho. Tudo que fazemos aqui é para eles. Que bom que voltaram”, afirmou Marta de Fátima Costa Simeão, que tem 53 anos e trabalha como auxiliar de limpeza da Casa do Idoso Sul há 3 anos.
Alegria
Enquanto na dinâmica de grupo e acolhimento os idosos e funcionários cantavam clássicos da música brasileira como “Trem das Onze” e Asa Branca”, a dona de casa Suzana Aiello, 71 anos, não conseguia conter o choro. Eram lágrimas de alegria, que lavaram sua alma.
“Este choro é de alegria. Fiquei viúva em janeiro e hoje moro sozinha. Eu estava sentindo muita solidão nestes meses todos, mas hoje estou feliz”, afirmou Suzana que mora no Bosque dos Eucaliptos, na região sul.
“Voltar a frequentar a Casa do Idoso significa muito para mim. Sinto que minha vida será diferente a partir de agora. É um novo ciclo de reencontros e de alegria”, completou.
A aposentada Maria Calixto da Rocha, que tem 68 anos e reside no Jardim Satélite, na região sul, também fez questão de ressaltar a alegria que estava vivendo.
“Praticamente moro na Casa do Idoso. Antes da pandemia, vinha aqui quase todo dia. Foi muito ruim este tempo todo sem a Casa do Idoso. Que bom que voltou. Hoje é um dos dias mais felizes da minha vida”.
Primeira vez
O dia 3 de novembro de 2021 ficará para sempre marcado na memória e no coração da aposentada Rosa Maria Gadanholi, que tem 66 anos e mora no Residencial União, na região sul.
Ela conta que fez a carteirinha para frequentar a Casa do Idoso em março de 2020, mas o início da pandemia da covid-19 a impediu de usufruir das atividades no local.
“Depois de um ano e sete meses de espera, hoje vim pela primeira vez na Casa do Idoso. O que mais me encantou foi o carinho com que nos tratam aqui. Vim para ficar”, disse Rosa Maria.
Após tomar duas doses da vacina contra o coronavírus na Casa do Idoso Sul, a aposentada Elvira dos Reis Pinto Pereira, que tem 66 anos e reside no Bosque dos Eucaliptos, na região sul, ficou encantada e quis conhecer o espaço.
“Fui tão bem acolhida na vacinação que fiquei com vontade de conhecer e frequentar a Casa do Idoso. Gostei muito da recepção e agora pretendo vir aqui todos os dias”.
Novo ciclo
Fé. Alegria. Amizade. Saúde. Felicidade. Reencontro. Palavras e sentimentos estampados nos cartazes em formato de coração para receber os idosos, mas que ganharam vida e se tornaram realidade neste 3 de novembro.
José Roberto, Marta, Suzana, Maria Calixto, Rosa Maria, Elvira. Histórias que se entrelaçaram, sonhos que se realizaram, reencontros tão desejados, novas amizades.
Para uns, foi a primeira vez. Para outros, chegou a hora do recomeço. Para todos, abriu-se um novo ciclo de vida e de esperança.
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